Hora de dar o próximo passo. Um
passo à frente. E não falar mais a respeito... Não falar. Sentir conforme a hora avança e o
tempo já não cabe mais em si, em pulos dentro do peito... Ficar!
Só... somente aquela sensação
insolente de não saber o momento. Aquela sensação prepotente de achar que tudo
é possível... Invisível para os outros, indivisível para si mesmo.
Multiplicar sonhos... Ousando
chamá-los risonhos, estranhos em formatos e tamanhos, abrindo-se em portas e
janelas. E saber por quê... E saber para onde... E passar entre elas.
Ungir as próprias escolhas com a
bênção da igualdade. E não deixar mais que predomine o vazio. Vadio, esse mundo
onde não há mais integridade... Afastar-se do que é maligno, dos que são
indignos, do passado espúrio repleto do infortúnio... Renascer, transcender...
Não sou mais quem costumava ser. Por favor, não insista... Não é possível
voltar atrás quando já não se olha com a mesma vista.
Medo... Agora te chamarei de
arremedo. Arremedo de um sentimento sem sentido... Sendo expurgado de dentro,
jorrando por lábios, olhos, ouvidos, mãos, sexo, pés e coração... São meus, e
seus... Não! Portanto, não se intrometa! Meta-se com a meta na rua torta que
escolheu... Lembre-se da sua memória que já se esqueceu.
Culpa... Não aceitarei mais desculpas!
Apenas desapareça... Cresça no pensamento de quem a merece! Daqueles que não
conseguem mais enxergar... E nem amar. Daqueles que são impuros e precisam da energia
alheia para vivificar. Buracos negros roubam brilho de estrelas... Estreia absurda
de quem não aprendeu a viver da própria natureza.
Não mudarei na essência por conta
da estranheza. Minhas entranhas ainda clamam por algo maior... E não quero
saber o que você acha melhor. Poupe-me de suas frases de efeito. Se quiser
saber do que o universo é feito, comece do fim para o início, do avesso pelo
inverso. Inverta o que conhece. Ouse falar do que estremece, do que arranha, do
que arranca, do que é, mas não parece...
Não quero suas resoluções... Pois
não são bem-resolvidas. É só o que você acha... Inflando os pulmões com o ar
que é fumaça... E deveria ser som. E deveria ser luz. E deveria ser voz. E
deveria ser cem... anos da passagem de um cometa... Cometendo um erro dentre milhões
e milhões de acertos... Incertos.
Olho para o que foi e não me
arrependo... só escolho esquecer. Aquecer o coração de outra forma. Acolho o
que aprendi... Aceito o que já perdi. Busco mais... e menos. Mais de mim, menos
do seu que não sou eu. Outro, enfim, de um fim de alguns segundos atrás. E não
voltar...
Atrás... do que poderia ter sido,
do que poderia ter dito, do que poderia ser meu... E não foi. Já se foi... Daqui...
pra frente, só quem é rente ao coração... quem aceitar cantar junto a mesma
canção. De resto... vibrar em fibras do infinito o que é antes do fim, em apenas
uma palavra:
...SIM...
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