De Lua sou vestida
E com o Sol despeço-me das estações:
Sou Mulher.
Revestida de sonhos e ações
Acalentadas no próprio seio
Pelo anseio de viver.
Minhas vestes que me vestem de paixões
Fazem de mim sacerdotisa
De todas as mil faces enluaradas:
Sou Cheia.
Quando cheia de mim e gerando planos,
Vidas presentes e passadas,
Sou mais uma vez eu mesma e tantas,
Soprando as palavras como poetisa:
Sou Crescente.
E, quando envolvida pela escuridão,
Sábia do conhecimento do mundo,
Do profano e do profundo,
Volto-me para a anciã em meu próprio manto:
Sou Minguante.
E de novo Nova me faço
Para novamente renascer,
Aprender e crescer
Como semente que brota dentro de si mesma,
Ora Cheia, ora Crescente, ora Minguante,
Mas nunca o ser errante pelo mar de estrelas.
O painel de pontos brilhantes,
No além do além-vida terrestre,
Coroa minhas mudanças,
Minhas várias andanças
Que me fazem e refazem como quem sou:
Mulher mutante,
Mãe, amada e amante,
Eu mesma e todas,
Todas em só uma
E todas dentro Dela:
E todas dentro Dela:
Grande Deusa Viva, Vida...
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