Utilizando...

Utilidade:
s.f. Qualidade de útil.
Objeto útil; emprego, uso, serventia.
Útil: adj. Que tem uso, préstimo ou serventia; que satisfaz uma necessidade. Que traz vantagem, proveito ou benefício;

Todos os textos aqui postados me foram úteis em alguma fase da vida. E têm uma utilidade atemporal, perpétua. Longe de pedir por aprovação ou pretenderem marcar o leitor em algum momento, estes textos desejam e objetivam a utilidade. Não pedem reconhecimento ou aplausos, amor ou ódio; A utilidade é livre para o pretexto, o texto que quiser. Querem, porém, seu respeito. Podem não ser de todo belos, éticos, saudáveis, proféticos. Mas pedem que, se utilizados, tenham sua autoria reconhecida, como um preço justo e nada caro. Leia, releia, use, utilize. Mas dê a eles o sobrenome, pois todos tem mãe.
Assim, faça deles o uso (ou a utilidade) que quiser.

Raquel Capucci


sexta-feira, 6 de abril de 2012

Ciao, Mark Zuckerberg, Ciao!


Nos tempos atuais, é inegável o papel da internet na aproximação ou reaproximação das pessoas. Redes sociais aos montes, mensagens instantâneas, posts ilimitados, chamadas por vídeo. Seja lá o nome que tiverem, essas ferramentas nos levam a cavar para procurar pessoas perdidas e (por que não?) uma vida, além-vida real. Sinal dos tempos, já diriam os antigos...

Tempos esses que não basta mais ser a pessoa que se é. É preciso ser multimídia, multimodos, multidirecional... Mutilado em partes, não é verdade? Ora virtual, ora real... Ou mesclando incessantemente as multimatérias dessa forma de ser. Mas a pergunta que paira é: Será mesmo que com todos esses recursos, ferramentas, aplicativos, fomos capazes de ser mais humanos, de realmente nos aproximarmos ou reaproximarmos das pessoas a nossa volta?

Não sou um bom exemplo para falar sobre o uso de redes sociais, nem tão pouco para falar do bom uso delas. Entretanto, tenho a felicidade de me espelhar no exemplo de pessoas capazes de utilizar tais ferramentas (sites, programas) para o uso para o qual foram (ou deveriam ter sido) criadas: tornar o contato real entre as pessoas cada vez mais frequente. São aquelas pessoas que dão um jeito de entrar em contato com você onde quer que esteja, através das formas modernizadas da invenção de Antonio Meucci. Em outras palavras, elas dão um jeito de ligar para ouvir sua voz e saber através dela como você está, mesmo que estejam do outro lado do mundo (real). Eis porque não sou um bom exemplo nesse sentido. Antonio Meucci ficou esquecido nesse aspecto, tocando do meu lado só quando quer. Ele e sua versão melhorada (vulgo celular) alavancaram minha fama de tagarela às alturas, mas não sei dizer ao certo quantas vezes sou capaz de discar um número a procura de ouvir como está o dia ou a vida de uma pessoa querida.

E você, caro (a) leitor (a)? Como faz uso das ferramentas modernas? Quantas vezes se pegou em um monólogo interno jogado no meio da multidão (mais uma vez multi...), esperando que talvez alguém se importasse? Ou, pelo contrário, esperando que ninguém se importasse? Saindo do anonimato do mundo real, para o estrelato do mundo virtual? Pode ser que seu caso não seja esse. Mas... Pense bem. Quantas vezes, pela existência desse mundo social virtual caótico, sem privacidade nem identidade, você se viu acomodado (a) nessa posição ilusória de saber como as pessoas estão? Em algum momento, isso provavelmente aconteceu. E não foi por culpa de Mark Zuckerberg, pois ele mesmo disse que as pessoas fazem mau uso do aplicativo por ele criado. Talvez ele seja uma pessoa preocupada com o bem-estar das pessoas, esperando que elas se aproximem, ou seja mesmo só um almofadinha multiFACEtado colhendo louros de uma vitória ainda não ganha. Porque Antonio Meucci morreu no anonimato de uma época ainda não virtual, tendo sua invenção roubada por um fulano mais financeiramente dotado (aquele Graham Bell)...

Da minha parte, prefiro o anonimato do mundo real e o aconchego das relações próximas, do que a grande repercussão de uma resposta à pergunta “No que você está pensando agora?” feita por uma rede social. Fica a outra pergunta: Quantas pessoas querem realmente saber? Provavelmente as que buscam o contato real querem saber.

Em memória de Antonio Meucci, injustiçado em seu invento: Ciao, Mark Zuckerberg, Ciao! Porque há dias de chegada e dias de partida... Num mundo onde tantas vidas vêm e vão.

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