Dentro do meu peito
Agora
Existem apenas
palavras...
Ainda que não ditas,
Ainda que não
escritas,
Ainda que
mal-tratadas...
Todas, com certeza,
Soletram esse
sentimento,
Uma falta de alento,
Um pulso de tormento,
Mas num alívio de
páginas...
Num derramar de tinta
Sobre folhas e folhas
Da paisagem branca e
gélida...
Nevando cristais de
sonhos,
De sons,
De sopros,
A respiração antes da
fala...
O que precisava ser
dito,
Já foi dito...
Na literatura
certeira do tempo,
Nos papéis da
verdade,
Onde exposto está o
que poderia
Ter sido um dia,
Mas não foi...
Já foi
Aquela sensação de
paz...
Agora, ainda que
tormenta,
Ainda que sedenta
Por algo que me
alimenta,
Posso dizer que eu
fui...
Fui com o Amor que
ainda flui...
Mas não mais desliza
Calmamente pelas
linhas da minha vida,
Pelas frases que eu
não escrevi...
Viva!
Seu destino não está
escrito!
Seu amor está mais do
que dito!
Sua vontade suave
Fala a plenos
pulmões!
Cante, e não diga!
Sonhe, e não sofra!
Ame, e não chore!
Mas diga,
Diga sim,
Com palavras,
Gestos,
Canções,
Suspiros,
Inspirações:
Eu amo!
Brasília, 01 de março de 2007.
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