Queria ser andorinha,
Assim pequenininha,
Para migrar rumo ao Verão,
Fugir da solidão
E deixar para trás o frio do desencanto,
Cantar o canto dos que alegram
Cada canto onde há luar...
Há lugar aí para mim?
Na imensidão sem fim
Do teu pensamento,
Um alento, um som, uma canção
Dos que buscam por um abraço?
Não o vazio do amasso,
Mas o calor vigoroso
Que degela o inverno da tristeza
- Aquela estranheza do rápido gozo –
A ilusão da emoção
Da andorinha sem Verão...
Veja, o vento que me leva
É o sopro da esperança,
Levando-te a lembrança
De que o amor ainda existe!
Amor de todos os tipos,
Em todos os sentidos,
Por todos os meios vividos,
Ainda que só amigos...
Ouça a prece que chega
Com uma suave orquestração:
Uma andorinha só não faz Verão,
Mas juntos, aproveitando os bons ventos,
Podemos fazer qualquer estação...
Brasília, 12 de janeiro de 2012.
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