A
ser uma, somente,
E
ao mesmo tempo tantas...
Mudar
com o contexto.
Servir
a tantos sem nenhum pretexto!
Encerrar-me
como semente
Plantada
no rastro do vivido...
Zunir
ao pé do ouvido –
Direito
- e direto naquela direção,
Como
a lança que corta o som
E
acerta o alvo abrindo-se em pedaços!
Lanço-me
sem medo.
Já
me acostumei...
A
ocupar mínimos espaços,
Propagar-me
nas entrelinhas.
Alinhavo
a memória como ninguém!
Sou
flecha e sou fogo corando a face
Quando
já não há mais nada a saber.
Muito
a viver em milhões de sonhos,
Mesmo
os estranhos e medonhos,
Aqueles
que evitamos tocar...
Entorno
o cálice do não dito!
Num
momento benévolo ou maldito
Quando
o som cala-se ante ao vibrar!
Sou
flecha e sou fogo corando a face...
Sonho
ardendo em brasa,
Rápido
como raio
Ao
raiar do dia!
Se
me pedir, não saio.
Peço
perdão
Quando
não há mais nada a dizer...
Viver
para mim não é fácil.
Sou
indócil, insolente.
Entorno
o cálice do não visto!
Do
não quisto...
Daquilo
que me faz dormente.
Não
preciso provar nada!
Nem
que a dor seu corpo invada
Quando
minha voz ouvir!
Sou
flecha e sou fogo
Ardendo
em brasa...
Sonho
corando a face!
Duas
pontas em enlace.
Tudo
que está ao alcance
De
um gesto.
Sou
o avesso do inverso,
Uma
e tantas...
Almejada,
mas não amada.
Visada,
mas não amada.
Por
vezes desalmada.
Assim
sou...
Já
me acostumei.
Meu
nome?
...
Meu
nome é VERDADE.