Ouço
por entre suas canções
A
verdade que emana
De
um sonho com suas razões:
Um
olhar distante,
a
sensação surreal de um beijo.
Virtudes
virtuais em palavras,
Nada
mais que o amor não faça
Com
duas almas que se encontram
Em
desejos, enquanto o tempo não passa...
O
tempo...
Esse
mesmo tempo benigno,
Que
amadurece os planos
E
revela ao poucos o destino,
Impõe
a mim agora seu sermão:
Se
não posso tê-lo senão por um instante,
Que
seja ele então leve e profundo,
E
que carregue em si a força de um mundo...
Ter
o eterno em um apego terno,
Soprar-lhe
quem sou ao pé do ouvido:
Sinta
as palavras sem sentido
Abrindo
caminhos em seu coração!
E
mesmo que ainda estranho pareça
Que
o amor amadureça
Pelo
sim e nunca pelo não...
Meu
maior desejo,
Selado
pelo beijo em real sensação,
Torna-se
corpo ante meus olhos:
Tocar
seus pensamentos,
Acarinhar
seus sentimentos,
Sentir
o calor da sua emoção...
Quero
soar-lhe aos sentidos
Leve
como a brisa da manhã:
Sedutora
cortesã de amores vibrantes,
Artesã
dos sonhos dos amantes
De
ontem, hoje e amanhã...
Se
tivesse apenas um pedido a fazer,
Somente
um, enfim seria:
Olha,
a história agora se inicia!
Basta
seguir, se assim for seu querer...
Não
quero muito, além de tanto:
Acariciar-lhe
a face, cessar seu choro,
Cobrir-lhe
de música, ouvir seus sons...
Derramar
baldes de amor e amizade em mil tons!
Não
quero sempre saber o próximo passo,
Mas
criar de dois um único compasso:
Com
paciência, ser compassivamente...
Sua.
Brasília, 09 de dezembro de 2012.